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sábado, 16 de janeiro de 2016

As Minhas Leituras - Poderosos Heróis Marvel Volume 6 - Justiceiro: A Ressurreição de Ma Gnucci

Quero voltar já a realizar As Minhas Leituras, a minha rubrica de críticas a banda desenhada que tem andado parada nos últimos tempos. Felizmente, tenho muitos livros e revistas a analisar e quero fazê-lo em breve. Hoje, Justiceiro: A Ressurreição de Ma Gnucci, o sexto volume da coleção Poderosos Heróis Marvel.
Para começar, quero só dizer que não sou o maior fã do Justiceiro do mundo. Li Diário de Guerra, uma violenta e espetacular obra, já anteriormente publicada numa outra coleção da Marvel da editora Levoir e fico-me por aí. Sem contar a sua participação noutras bandas desenhadas, em especial a sua fantástica aparição na Guerra Civil.
Pode então dizer-se que não conhecia bem a personagem. E o mesmo acontece com os autores do livro. A dupla ficou muito popular nos anos 90 com a série adulta Preacher que eu nunca li mas que tenho de dizer que sempre me fascinou.
Chegando finalmente ao volume em questão, tudo começa quando o filho rico de um antigo adversário do Justiceiro quer vingança. Ao longo da história podemos acompanhar os pensamentos desta personagem algo maníaca e racista social, sendo ele desta vez o autor do Diário de Guerra. Há ainda o tema principal da obra, ou seja, o regresso de Ma Gnucci, uma antiga chefe da máfia com quem o Justiceiro lutou no passado. Ma foi morta mas de alguma maneira voltou e está agora a começar uma guerra no submundo do crime. Claro que cabe a Frank Castle, o Justiceiro, lidar com tudo isto mas desta vez vai ter alguma ajuda: Charlie Schitti, o último membro da família Gnucci vivo, que dá informações sobre o seu tempo a trabalhar para a Ma ao Justiceiro e a Tenente Molly Von Ritchofen, que se alia ao anti-herói, apenas até matarem a chefe da máfia renascida, que esta odeia profundamente.
E nesta história multifacetada, entra ainda o ponto alto das histórias do Justiceiro: a ação. Muitas armas e referências a westerns, culminando numa excelente cena que une o quinto capítulo ao sexto, envolvendo todas as personagens centrais da história num tiroteio violento e com humor negro à mistura.
A arte é a clássica de Dillon: grande uso de figuras poligonais, deixando por vezes a sensação de profundidade mal estudada mas criando um efeito visual fantástico. Nas cenas de ação, há uma especial atenção aos detalhes, tornando-as mais próximas dos filmes que esta obra tanto homenageia.
É algo verdadeiramente fantástico. Ennis conhece a personagem e sabe o que os leitores querem: violência e humor negro, dentro dos limites de publicação da Marvel. Gostei bastante e tornou-se uma das minhas histórias preferidas com releitura obrigatória para daqui a uns anos.


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