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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Review - Fate/Zero

Quem me conhece, sabe muito bem que não sou o maior fã de universos expandidos. Mas por vezes, uma obra nesse universo expandido pode ser muito maior. Pode ser até mesmo maior que a obra de origem. Não é costume, mas acontece. Hoje, um desses raros exemplos: Fate/Zero.

Fate/Zero surgiu em 2006, já depois da sua obra de origem, a visual novel Fate/Stay Night ter saído. Fate/Zero passa-se 10 anos antes da obra original, numa outra Guerra do Graal onde os participantes são parentes ou outras pessoas relacionadas às personagens de Fate/Stay Night. O que vou analisar é o anime que surgiu dos livros de 2006, de 25 episódios, lançados em duas séries, de 2011 e de 2012.

Tudo começa com um dos melhores episódios piloto de animes de sempre: ao longo de 40 minutos (porque os normais 22 não chegavam) vemos todos os intervenientes, todos eles magos, a invocarem os lutadores desta Guerra do Graal. Estes lutadores são os servants que se dividem em sete classes: Saber, Archer, Lancer, Rider, Caster, Assassin e Berserker, todos eles antigas figuras históricas que têm de obedecer aos magos, também chamados Mestres. Um dos pontos fortes deste anime foi a diferença entre as personagens e o facto de, mais ou menos não haver uma personagem principal nem heróis ou vilões. Temos por exemplo Kotomine Kirei, um mestre que não sabe o seu objetivo para o Graal mas está disposto a lutar para o encontrar, Waver Velvet, um estudante de magia que quer mostrar a todos os magos que não é preciso ter-se grandes antepassados para se ser um bom mago, ou por exemplo Emiya Kiritsugu, um assassino contratado pela família de magos Einzbern para ganhar a Guerra do Graal e acabar com todas as guerras do mundo para todo o sempre.
Só aqui pura espetacularidade. Mas também os Servants são fantásticos: desde Saber com a sua personalidade solene mas por vezes descontraída até Rider com os seus intuitos de se integrar na sociedade desta época passando pelo poderoso Archer ou pelo nobre Lancer, na série há personagens tão bem construídas que todos os espectadores irão encontrar a personagem preferida.



Mas depois da história e das personagens chegamos às maravilhosas cenas de combate: são muitas as vezes em que qualquer pessoa, mesmo aquelas que não gostam muito de séries de ação, ficam cheias de entusiasmo ao ver um certo ataque ou um certo duelo. Isto é claro ajudado pela animação que é, sem qualquer dúvida, uma das melhores animações de todos os tempos. Saiu há quatro anos e ainda não está minimamente datada, para além de ser melhor do que grande parte dos animes desse ano (É algo espantoso considerando rivais como AnoHana, Madoka Magica ou Guilty Crown, todos eles com animação extraordinária). Teve um orçamento gigantesco e isso só fez com que em cada batalha provoque uma reação enorme nos espectadores. Simplesmente espetacular.

Pessoalmente, este é um dos melhores animes que já vi em toda a minha vida. A história é excelente e tem algo que falta em quase todas as prequelas: pode ver-se sem se ver ou ler o material de origem. Na verdade, muitos fãs aconselham o visionamento deste anime antes de Fate/Stay Night pois não se sabe certas coisas do final. Mas também vendo depois de Stay Night, consegue ter-se uma prespetiva diferente em relação a personagens que são mencionadas ou que aparecem em ambas as séries como Saber, Kirei ou Rin.

Sem dúvida alguma que o aconselho: entre as batalhas extremamente bem animadas e a complexa história ou entre aquele par de Mestre/Servant ou o desenvolvimento de cada personagem há algo que qualquer fã de anime irá encontrar. Uma das melhores séries dos últimos anos e talvez de sempre.

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