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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Um Filme Por Semana #8 - Quase Famosos (2000)

O género coming-of-age sempre me atraiu imenso. Este tipo de filmes baseia-se na passagem de uma personagem da adolescência para a idade adulta e abrange obras muito diferenciadas, sendo por isso muito apelativo.
E de entre histórias como Juno ou Conta Comigo, há uma que é um verdadeiro clássico: Quase Famosos. Este filme de Cameron Crowe, lançado em 2000, conta-nos a história de William Miller, um jovem crítico de música que é contratado pela revista Rolling Stone para seguir a banda fictícia Stillwater. Ao longo da viagem, conhece os membros da banda e aprofunda a relação com uma fã da banda, Penny Lane. Enquanto tenta entrevistar a banda (que leva toda a digressão como uma festa sem perceber que William está a fazer o seu trabalho) tem de lidar com várias Band Aids, uma espécie de groupies e com as atitudes dos músicos. Além disso, a sua mãe extremamente preocupada liga-lhe continuamente para fazer com que este não se deixe levar pelo mundo de drogas e do rock n' roll.
O filme é espetacular. A história é interessante e deixa uma mensagem de trabalho pessoal incentiva. Os constantes esforços de William para lidar com a banda e com a sua paixão por Penny Lane tornam esta história coming-of-age muito maior do que parece.
Mas sinceramente o que para mim faz deste um filme tão bom é a realização de Cameron Crowe. Há diversas cenas em que este demonstra toda a sua mestria utilizando diferentes ângulos e transmitindo sentimentos e pensamentos das personagens através do movimento. Destaco principalmente a cena do autocarro em que o elenco canta a música Tiny Dancer, interpretada por Elton John, num dos momentos mais épicos dos filmes de adolescência e a parte em que Penny dança num palco sem nenhum espectador. Para mim, essas duas cenas dizem mais sobre as personagens do que longas cenas de diálogo em muitos filmes.


E outro aspeto que aumentou o meu gosto pelo filme foi sem dúvida o elenco. Para mim, Billy Crudup tem um dos seus melhores desempenhos. Eu já gostava dele em O Grande Peixe, um dos meus filmes preferidos de sempre e fiquei muito surpreendido quando descobri que não tinha sido nomeado para um Oscar por este papel. Também Patrick Fugit tem uma interpretação espetacular como a personagem principal, para além das duas nomeadas para Melhor Atriz Secundária, nos Prémios da Academia, Frances McDormand e Kate Hudson nos papéis de mãe de William e de Penny Lane, respetivamente.
Por fim, posso dizer que este é um excelente filme dentro do seu género, criando uma nova geração de drama musical numa das melhores obras cinematográficas da década passada. Altamente recomendado.

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