No seguimento do anime que trouxe ontem, Psycho-Pass, hoje apresento um filme do mesmo estúdio, Production I.G, o lendário Blood: The Last Vampire.
Este anime de 2000, realizado por Hiroyuki Kitakubo, o mesmo realizador de Golden Boy, traz-nos Saya, uma vampira que se infiltra numa base militar americana em solo japonês com o propósito de caçar demónios que aterrorizam o local. O filme tem apenas 48 minutos de duração, portanto não deixa muito tempo para o desenvolvimento das personagens. Conhecemos apenas Saya, dois americanos que ajudam Saya a integrar-se e a enfermeira da escola secundária localizada na base militar. Em todo o tempo de filme, o aspeto mais focado é a ação. Saya, apesar de parecer ter apenas uns 18 anos, é uma excelente espadachim, usando a tradicional espada japonesa, a katana.
Aquilo de que mais gostei no filme foi o facto de trazer duas línguas para narrar os acontecimentos. Em certas partes, Saya fala japonês mas toda a gente da base militar fala inglês, tendo sido dobrados por atores de voz americanos. Também tenho de falar na excelente animação. O filme saiu em 2000 e como mencionei na análise a Psycho-Pass, a Production I.G faz sempre um espetacular trabalho na animação. E um filme tão baseado nas cenas de combate, uma animação que varia entre o 2D e o 3D é a técnica apropriada a um concerto de golpes e ataques frenéticos.
Agora, se recomendo o anime? Apenas se forem fãs do género. Se gostarem de histórias de ação e com elementos sobrenaturais este é um filme obrigatório. Também aconselho a quem queira uma experiência rápida, já que tem uma curta duração. Mas não é um anime obrigatório a qualquer fã do meio. É um vencedor de um prémio Kobe, um dos prémios de anime mais importantes no Japão e também acho que não deve ser esquecido. Mas é um vencedor ao lado de filmes como A Princesa Mononoke e Summer Wars que, a meu ver, são bem superiores. Mesmo assim, se para isso se sentirem inclinados, este é um filme interessante. Especialmente se tiverem lido O Japão é Um Lugar Estranho de Peter Carey, no qual se referencia este filme nalgumas ocasiões.
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