Aqui está a segunda parte do especial de análise aos filmes de Michael Moore, desta vez o aclamado Fahrenheit 9/11.
Neste filme de 2004, Moore analisa o primeiro mandato de George Bush como presidente dos EUA. Leva-nos à sua vitória injusta em 2000, às suas relações com as famílias mais ricas da Arábia Saudita, aos ataques de 11 de setembro de 2001 e à invasão americana do Iraque em 2003.
Gostei muito do documentário. Para mim é um excelente retrato da América no início dos anos 2000, com a sua obsessão por segurança e a preocupação por assuntos externos enquanto internamente o povo vivia grandes dificuldades. É uma visão mais parcial do país do que em Bowling for Columbine, mostrando claramente o facto de Moore ser um membro da oposição a Bush. E realmente somos arrastados para o seu lado: Bush cometeu bastantes erros no primeiro ano de presidente e a Invasão ao Iraque, assim como a guerra que dela surgiu, não tem origens lógicas.
Para mim, o único ponto negativo foi o facto de se ter prolongado demasiado nas cenas sobre o Iraque. Eu sei que foi uma guerra sem sentido, eu sei que os soldados eram jovens praticamente obrigados a ir para a guerra, eu sei os horrores que foram cometidos tanto contra os EUA, como contra o Iraque.
Não é tão bom, na minha opinião, como Bowling for Columbine, talvez por eu preferir o tema da vida quotidiana ao invés de todo um mandato de um presidente. Mesmo assim recomendo este vencedor do Palme d'Or, que venceu no Festival de Cannes de 2004, por ser um documentário com explicações bem-fundamentadas e por ser mais um dos grandes filmes deste realizador de sucesso.
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