Como prometido, hoje trago a crítica a Bowling for Columbine, o primeiro de dois documentários realizados por Michael Moore que analisarei esta semana.
O filme centra-se na procura da resposta ao problema das armas nos EUA, no final dos anos 90 e início dos anos 2000, partindo do Massacre de Columbine, um tiroteio numa escola secundária em Columbine que ocorreu em 1999, causando 13 mortes e ferindo mais 21 pessoas. Mas, como qualquer bom documentário expande-se por todas as armas compradas legalmente e por o enorme número de mortes que estas provocam nos Estados Unidos. Ao longo do filme, Moore leva-nos a diferentes atentados feitos com armas legais, a fanáticos por armas em toda a América do Norte e a apoiantes da legalização de todo o tipo de armas.
O que para mim torna o filme interessante é o pensamento de Moore. Este levanta as mesmas questões que me vinham à cabeça quando no documentário eram apresentados novos factos. Moore tem em conta todos os argumentos e contra-argumentos que são ouvidos no que toca a este tema polémico e explora-os de uma maneira excelente. Este filme é também um retrato excelente daquilo que a América é: capitalista, opressor da liberdade e difamadora dos princípios democráticos. Não é através da legalização das armas que se chega à liberdade e à proteção! Além disso, Moore viaja ainda através das explicações plausíveis para os EUA terem um número de homicídios muito alto ao contrário de outros países também com armas legais.
Se recomendo Bowling for Columbine? Definitivamente. É um tema muito atual e mostra as desvantagens que advêm da possessão de armas em lares de uma maneira imparcial (quem afirma que é desvantajoso sou eu, Moore não chega a referi-lo). Este filme é verdadeiramente educativo e um dos melhores olhares sobre os EUA já colocados em filme.
Quero deixar ainda o discurso glorioso e revolucionário de Moore ao agradecer o OSCAR de Melhor Documentário em 2003, apenas 3 dias após a invasão do Iraque pelo exército norte-americano.
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