Como falar de Haruhi Suzumiya? Quando em 2006 esta série de anime da Kyoto Animation invadiu os ecrãs das televisões de milhares de espectadores aconteceu algo estranho, um fenómeno quase sobrenatural. Não que tivesse a ver com aliens, viajantes no tempo ou espers, nada disso. O que verdadeiramente aconteceu foi a chegada de uma adaptação de uma série de light novels que se tornou numa das séries que melhor caracterizam o anime da década passada.
Em The Melancholy of Haruhi Suzumiya somos atirados para uma escola privada no Japão onde acompanhamos Kyon, o nosso (ou um dos nossos) protagonistas. Kyon é um rapaz normal, cheio de sarcasmo e que há muito deixou as histórias de ficção científica, apesar de não parecer contente com essa decisão. No início de um novo ano escolar, a rapariga que se senta atrás dele, uma miúda bonita e desconhecida faz uma declaração sobre o seu interesse exclusivo em criaturas fantásticas.
Kyon, intrigado, começa a desenvolver algum diálogo com esta rapariga, a nossa segunda protagonista, Haruhi Suzumiya. Esta, apesar do seu discurso de apresentação, decide continuar a sua amizade com Kyon, mesmo este sendo um humano normal. Haruhi, ao fim de algum tempo, toma a iniciativa de formar um clube de investigação de anomalias no mundo em que vive. Para isso, obriga Kyon e três outros alunos a juntarem-se: Nagato Yuki, uma alien que passa o tempo a ler na sala do clube; Mikuru Asahina, uma viajante no tempo e Koizumi Itsuki, um esper. No entanto, Haruhi não sabe do lado sobrenatural destes seus colegas de clube. Na verdade, como se explica nos primeiros episódios da ordem cronológica, estes três detentores de habilidades especiais juntam-se ao clube para investigar Haruhi que, segundo os três, tem habilidades de decidir o destino do mundo, mesmo que inconscientemente.
Está então estabelecida a premissa da série: Kyon e os seus três novos amigos têm de impedir que Haruhi se zangue e se aborreça ou isso pode trazer consequências terríveis para todo o mundo. E pode parecer algo demasiado estranho mas o anime fá-lo de forma espetacular. Todo o elemento do anormal torna o anime algo único. Seja a personalidade extrovertida de Haruhi, sejam os segredos que Kyon e os restantes membros têm de guardar de Haruhi.
As duas temporadas são excelentes. Adoro o humor e o estilo leve que esta série tem ao mesmo tempo que nos oferece pequenas situações de ficção científica. As personagens são um elemento muito bom da série, especialmente Kyon e Haruhi. Mas também Mikuru com o seu medo do estilo obsessivo de Haruhi, Yuki com a sua tendência para não compreender as atitudes dos humanos e em particular Koizumi que tem uma relação com Kyon com muitas piadas que tornam os momentos mais sérios (os poucos que há) mais cómicos.
E depois de 28 episódios de comédia, ficção científica, romance e mistério, chegamos ao brilhante The Disappearance of Haruhi Suzumiya, um filme que nos conta uma história bem mais dramática e bem mais focada em Kyon. É muitas vezes considerado um dos melhores filmes de anime de sempre, assim como uma das melhores histórias destas personagens. Eu gosto imenso e talvez um dia escreva uma análise mais detalhada sobre esta verdadeira obra-prima.
Portanto, gostei ou não desta franquia de anime? Gostei bastante. A primeira série tem arcos excelentes e é facilmente um anime que eu não me importaria de rever várias vezes (como já o fiz uma vez, encadeando-a com a segunda). A segunda tem um episódio verdadeiramente fantástico e dois arcos que não atingem os patamares da primeira série mas continua a ser um anime muito bom. E por último temos o filme que é facilmente um dos meus favoritos de anime de sempre. Escusado será dizer que eu adoro esta série e que tenho muita pena que ainda não tenhamos visto uma terceira temporada. Tenho ainda de referir as diferentes formas de ver a série. Há várias ordens de assistir os episódios já que estes foram lançados fora de ordem. Eu pessoalmente vi pela ordem cronológica que facilmente encontram na internet e gostei bastante. Quando voltar a ver, se calhar vou tentar pela ordem de lançamento dos episódios visto que muita gente aconselha. Mas só poderei dizer qual prefiro. Espero então que tenham gostado desta análise e aconselho toda esta franquia brilhante. Podem notar que o tipo de letra está diferente e será assim em todos os posts partilhados com o novo blog que criei. Exato, criei um novo blog, O Rapaz Que Gosta de Comics, desta vez no wordpress e esta análise foi publicada nos dois blogues, podendo ser lida em qualquer um deles. As únicas diferenças entre os dois posts são estas frases finais em que apresento o blog novo. Convido-vos a visitarem ao clicarem aqui. Espero que gostem.
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