Apesar de não ter escrito no blog durante bastante tempo quero corrigir esse erro e recomeçar em grande, com a análise de um dos melhores filmes do ano, Star Wars: O Despertar da Força.
Quero avisar que esta é a análise sem spoilers para não estragar a ninguém este filme.
Star Wars é uma das séries mais adoradas de todos os tempos e um ícone da cultura pop que afeta qualquer humano da Terra. Ao longo de quase quarenta anos, filmes, séries de televisão, bandas desenhadas, figuras de ação, romances, videojogos, CD's, jogos de tabuleiro, RPG's e merchandise variado ocuparam a vida de todos os habitantes de planeta. Alguns, de forma pequena, apenas reconhecendo o nome da franquia mas outros, outros deram a vida a esta saga. E J.J. Abrams, co-criador de séries como Fringe e Lost e realizador de Missão Impossível III e de Super 8, assim como fã de Star Wars, foi escolhido para realizar este sétimo episódio da saga, dez anos depois do úlimo e uma sequela direta a O Regresso do Jedi, de 1983. E para o argumento, Abrams precisou da ajuda de Lawrence Kasdan, um dos mais lendários argumentistas de cinema de todos os tempos, reconhecido pelo se trabalho em O Império Contra-Ataca, O Regresso do Jedi e Os Salteadores da Arca Perdida e Michael Arndt, escritor de Little Miss Sunshine, um dos meus filmes preferidos a par da trilogia original de Star Wars. E não nos devemos esquecer que toda a Lucasfilms foi comprada pela Disney, incluindo os direitos de Star Wars. Este filme teve então muito dinheiro a circular, para que fosse um autentico sucesso. Até este momento na análise temos: uma saga de sucesso ímpar, um realizador adorado pelos seus trabalhos anteriores, um grupo de argumentistas absolutamente genial e valores de produção astronómicos. Estes quatro fatores fazem grande parte da bilheteira de um filme mas será que fazem um filme ser bom. Só quando têm um bom elenco, claro. E O Despertar da Força merece toda a popularidade que tem, baseando-se apenas nos seus atores. Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Anthony Daniels e Peter Mayhew voltam aos seus papéis da trilogia original de Star Wars como Han Solo, Luke Skywalker, Leia Organa, C-3PO e Chewbacca. Todos eles desempenham espetacularmente os seus papéis trazendo a alma dos filmes originais com algo de novo nas personagens. As grandes novidades são, como é evidente, os atores que se juntaram neste filme à franquia. O curioso é todos estes atores serem algo desconhecidos como Hamill ou Fisher eram em 1977, aquando o lançamento do primeiro filme. Primeiro temos Adam Driver a desempenhar o papel de Kylo Ren, o vilão deste filme. Kylo Ren não é um sith, é apenas um homem que controla a força e usa um sabre de luz vermelho mas nunca teve, pensamos nós, um treino do Lado Negro da Força. Na verdade, se repararem, Kylo Ren é uma personagem bastante fraca a nível de poderes, o que o torna interessante. A atriz principal é Daisy Ridley a desempenhar o papel de Rey. Esta é sem dúvida a minha personagem preferida do filme todo. É uma simpática caçadora de tesouros do planeta Jakku e tem pais desconhecidos. Acaba por se envolver entre a Primeira Ordem (os vilões do filme) e a Resistência (os heróis do filme) e o seu desenvolvimento é espetacular. Prometo que no fim do filme vão pensar que se passaram meses desde a primeira cena devido à grande evolução de Rey. Outro ator principal é John Boyega no papel de Finn, um soldado da Primeira Ordem que se sente algo desajustado nos ideais do exército. A última personagem cuja descrição vou aprofundar é Poe Dameron, um piloto da Resitência interpretado por Oscar Isaac que está sempre acompanhado de BB-8, um robô esférico bastante adorado pelos fãs. Se há algo que este filme faz bem é as personagens e a evolução das mesmas. Parece que o espectador consegue sentir verdadeiramente os sentimentos das personagens e as relações entre as mesmas. Já é algo que este filme faz melhor do que as prequelas de Star Wars.
Passando só ao enredo, muito superficialmente: Luke Skywalker desapareceu e cabe a Poe levar à Resistência o último pedaço do mapa que indica a localização do jedi. Depois de uns quantos acontecimentos rebuscados, BB-8, contendo o tal pedaço de mapa, vai parar às mãos de Rey e esta tem de fazer os possíveis para completar a missão de Poe. Enredo simples, não? Sim, mas com muitas mais cenas bastante importantes. Há personagens a ser introduzidas, outras a reaparecerem na saga, combates fantasticamente realizados, pequenos pormenores para saciar os fãs da saga e muito outro conteúdo espetacular. Gostaria ainda de mencionar os excelentes visuais do filme. Vi em IMAX e não fiquei fã. Em cenas de muito movimento a imagem fica distorcida e não é a melhor maneira de se ver um filme para quem procura todos os pormenores visuais, já que apenas o primeiro plano é bem focado. Quero só deixar a recomendação da fantástica banda sonora de John Williams que compôs também as músicas dos outros filmes da saga. Há algumas faixas de filmes anteriores mas também uma boa quantidade de músicas inteiramente novas.
O meu único problema com o filme é a semelhança que partilha com a história da trilogia original. E não acho que seja um verdadeiro problema. A frase "Não arranjem o que não está estragado" pode associar-se a este problema. Se a trilogia original era tão boa e se as prequelas introduziram aspetos que são odiados pelos fãs, um novo filme deve seguir as passadas dos três melhores filmes da saga. Assim o fez e eu e grande parte dos fãs da franquia apreciamos imenso este trabalho. É um dos melhores filmes de sempre! Sem dúvida, o melhor filme que vi este ano e um dos melhores filmes de toda a saga. É bastante melhor do que as prequelas e é mesmo superior ao Episódio VI. Tem o espírito dos filmes originais e foi construído pelo máximo esforço de diferentes pessoas. Recomendo este excelente filme se já viram todos os anteriores e, se não os viram, façam uma maratona e acabem-na com este Episódio VII.
Sem comentários:
Enviar um comentário