Vi ao longo do dia de hoje uma das mais lembradas minisséries de anime de sempre, o famoso clássico de culto, Golden Boy.
Nos anoso 90, década em que o anime tinha cada vez mais espaço no ocidente, muitos fãs europeus e americanos começaram a questionar-se: onde estavam as séries de comédia de anime no meio de filmes infantis encantadores e de gigantes séries de ficção científica. Uma das grandes respostas foi Golden Boy, a adaptação de uma manga de Egawo Tatsuya, produzido em forma de OVA (Original Video Animation (estilo de produção de anime no qual os episódios são lançados em lojas especializadas em formato físico, episódio por episódio, sem estrearem num canal de televisão antes)) e que revolucionou a comédia na animação japonesa.
A personagem central é Oe Kintaro, um jovem de 25 anos que ganha a vida a fazer trabalhos durante um mês, dizendo que quer aprender sobre a vida e não sobre uma área específica. Com o seu aspeto (boné, rabo de cavalo, com mochila às costas e com uma velha bicicleta), Kintaro podia ser qualquer rapaz japonês estereotipado dos anos 90. Distingue-se pela sua bondade para com qualquer pessoa, apesar de nunca negar a sua perversidade.
Os episódios seguem a mesma estrutura. Kintaro, conhece uma rapariga no seu novo trabalho, tenta conquistá-la e acaba por correr sempre mal, tudo isto sendo-nos apresentado numa bola de neve de comédia e de personagens bem construídas. Há piadas repetidas (uma delas aparece em quatro dos seis episódios) mas a diferença de cada trabalho e das paixões do protagonista fazem com que a série tenha sempre muita diferença.
Um ponto que pode ser desolador para muita gente é o exagero em piadas perversas e humor físico. Tenho de admitir que sim, é um humor estendido demais para a sua capacidade mas consegue sempre fazer o espectador dar umas grandes risadas. Mesmo para quem nem é grande fã de humor em anime. Até hoje, nunca me tinha rido como me ri ao ver o primeiro episódio da série. Já agora, aproveito para dizer que o episódio piloto de Golden Boy é excelente e é facilmente um dos melhores episódios de anime que vi e o meu preferido de toda a série.
Acho que já perceberam o quanto eu me diverti com esta série. Grandes risadas, sorrisos espontâneos face às atitudes das personagens e até alguma compaixão por estas foram todas causadas por esta maravilha de menos de três horas. Fica a recomendação desta excelente obra de comédia de há duas décadas atrás!
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