A Justice League of America foi o primeiro grande grupo de
super-heróis a ser formado. A sua primeira aparição ocorreu na revista The
Brave and the Bold #28 em 1960!
A grelha era composta pelo Superman, Batman, Wonder Woman,
Aquaman, Flash, Green Lantern e o Martian Manhunter. O criador deste grupo, não
confundir com os criadores destes super-heróis, foi Gardner Fox.
Este grupo viveu altos e baixos, convivendo com grandes
vendas e sucesso, mas também com alturas menos boas de publicação… A sua
publicação numa revista própria iniciou-se em 1960, e terminou sem interrupções
com o número 261 em 1987. A sua grelha de heróis foi mudando ao longo do tempo,
uns foram acrescentados, outros substituídos. Assim heróis como Green Arrow,
Black Canary, Zatanna, Hawkman, Hawkgirl, Elongated-Man, The Atom, etc. também
viram os seus nomes inscritos neste grande grupo de heróis.
Houve um hiato na publicação da série, e aí apareceram
vários títulos como Justice League International, Justice League Europe, ou
Justice League Task Force… mas as vendas estavam baixas e a DC decidiu em 1996
fazer um “revamp” do grupo entregando o título a Fabian Nicieza e Mark Waid que
reuniram os sete heróis iniciais para o arco inicial: A Midsummer's Nightmare.
Depois disto, e é
aqui que eu me vou focar, surge a JLA de Grant Morrison em 1997 com uma nova
série “on-going”. O desenhador de serviço foi Howard Porter, em conjunto com o
colorista John Dell.
As duas primeiras
histórias foram “New World Order e American Dreams.
Morrison usou uma nova abordagem ao grupo, limitando este
aos seus mais emblemáticos heróis: Superman, Batman, Wonder Woman, Martian
Manhunter, Green Lantern (Kyle Rainier), Aquaman e o Flash (Wally West, antigo
Kid Flash). Com este grupo mais pequeno de heróis, a acção está mais focada e
esta liga só trata de assuntos "maiores"... Os restantes
"assuntos" ficam para as séries on-going de cada herói, de qualquer
modo aquilo que se passa nas respectivas séries de cada um, pode influenciar de
algum modo a Justice League of America, por exemplo o uniforme azul e novos
poderes do Super-Homem... Eu nunca gostei do "tolinho" azul, mas
mesmo assim prefiro-o no seu estado e uniforme normal a esse Blue Superman!
No primeiro arco de história estes heróis reúnem-se novamente para travar o Hyperclan, que aparece aos olhos do mundo como um grupo de heróis espaciais e benevolentes, que quer acabar com tudo quanto é mau na Terra, desde os desertos à fome passando pelo crime, etc. É claro que têm a sua própria agenda... !
Na segunda estória um novo Superman é apresentado, com novos poderes baseados em novas energias (o novo fato funciona como contentor aos novos poderes energéticos), e a Liga tem resolver um problema "celestial", ou seja, é apanhada no centro de uma guerra entre o "Céu" e o "Inferno", com anjos caídos à mistura...
No primeiro arco de história estes heróis reúnem-se novamente para travar o Hyperclan, que aparece aos olhos do mundo como um grupo de heróis espaciais e benevolentes, que quer acabar com tudo quanto é mau na Terra, desde os desertos à fome passando pelo crime, etc. É claro que têm a sua própria agenda... !
Na segunda estória um novo Superman é apresentado, com novos poderes baseados em novas energias (o novo fato funciona como contentor aos novos poderes energéticos), e a Liga tem resolver um problema "celestial", ou seja, é apanhada no centro de uma guerra entre o "Céu" e o "Inferno", com anjos caídos à mistura...
Grant Morrison estava em grande nesta altura, as histórias
fluíam bem e o público delirava!
Surgem de seguida Rock of Ages, Strenght in Numbers e um
crossover com o grupo WildC.A.T.S!
A dupla Morrison/Porter continua a portar-se lindamente,
embora as loucuras de Morrisson nem sempre tenham o resultado pretendido!
Na primeira estória, Rock of Ages, Grant Morrison faz
uma autêntica “sopa” com ingredientes tão díspares como um “Injustice Gang”
liderado por Lex Luthor, uma procura pela pela "Pedra Filosofal" a
pedido de um ser cósmico (Metron) e discrepâncias temporais, tão ao gosto da
editora DC. Esta estória é bem complexa, típica de Morrison, e inicia-se com um
combate entre os membros da JLA e os seus contrários (hologramas de luz
sólida). Não foi mais que uma pequena manobra de Luthor, que inicia aqui o seu
plano de destruição da Liga. Depois disto os elementos da Liga separam-se com
missões bem distintas. Todos os personagens são muito bem tratados na sua
vertente psicológica, o enredo está excelente embora aquele salto no futuro
seja um pouco confuso, mas para mim é onde estão as melhores vinhetas da
estória. Pormenores negativos… As estórias da JLA neste ciclo são contidas mas
recebem influência de linhas editoriais das séries individuais de cada herói.
Assim, continuo a não perceber como é que o Superman ficou com aquele fato e
obteve os seus novos poderes (embora já tivesse investigado isso), é-nos dito
que a Wonder Woman está morta e Aztek cai do céu!
Apesar destes pormenores achei este “Rock of Ages” a melhor aventura da JLA que eu li até hoje.
Apesar destes pormenores achei este “Rock of Ages” a melhor aventura da JLA que eu li até hoje.
Em seguida temos a apresentação e origem de Prometheus que vai ser o vilão de serviço no próximo arco: Strenght in Numbers.
Strenght in Numbers é uma boa estória, apesar de novamente o pormenor negativo que eu apontei no arco anterior também seja verdadeiro neste, ou seja, a Wonder Woman está a ser substituída na Liga pela sua mãe Hippolyta, e Diana ( a verdadeira e única Wonder Woman) subiu na carreira e agora é a Deusa da Verdade… nem sabemos como isto acontece, nem como ressuscitou, nem como a mãe vai parar à Liga! Bom… passando à frente, Prometheus consegue infiltrar-se no Quartel-General da Liga aproveitando um evento publicitário com muita imprensa, e tomando o lugar do pretendente a herói, Retro. Depois de entrar, Prometheus faz miséria da JLA… anula-os um a um sem apelo nem agravo! Vale à Liga a intervenção da Catwoman que se infiltrou também (como jornalista) … embora o objectivo primeiro desta fosse a sala de troféus da JLA
Esta é também uma boa estória, mas bem mais simples que a anterior!
Depois disto começam as bagunçadas normais das grandes editoras, neste caso a DC. A série estava a ter sucesso e então vamos misturar eventos, uns maiores, outros mais pequenos, ficando a linha temporal quebrada várias vezes. O evento DC One Million é aqui metido à pressão e sem necessidade nenhuma! Estragou a continuidade e não trouxe mais-valia nenhuma à editora…
Passando à frente, temos o arco Starro the Conqueror, onde Morrison
foi buscar um antigo vilão do universo DC, precisamente Starro! O
quartel-general da Liga da Justiça é invadido por uma poderosa personagem que é
nem mais nem menos que Daniel, o novo Sandman! É o início de uma aliança para
acabar com a invasão desses extraterrestres em forma de estrela. A batalha
joga-se em várias frentes, desde o mundo dos sonhos ao ataque directo. Bom,
Batman, como é seu hábito trabalha na sombra…
De seguida veio The Ultramarines, em que um completamente
louco General Eilings constrói um grupo superpoderoso para acabar com a Liga da
Justiça, acabando ele próprio por conseguir passar a sua mente para o corpo de
um monstro indestrutível: Shaggy!
A última parte foi a que eu menos gostei porque cheirou a “crises” da DC, e eu estou um bocadinho farto delas… O arco chama-se “Crisis Time Five” e provoca a aliança da JLA com a Justice Society of America para conter uma ameaça inter-dimensional.
A minha opinião sobre a estrutura da JLA nesta altura… acho-a com membros a mais o que provoca uma certa dispersão do leitor.
A última parte foi a que eu menos gostei porque cheirou a “crises” da DC, e eu estou um bocadinho farto delas… O arco chama-se “Crisis Time Five” e provoca a aliança da JLA com a Justice Society of America para conter uma ameaça inter-dimensional.
A minha opinião sobre a estrutura da JLA nesta altura… acho-a com membros a mais o que provoca uma certa dispersão do leitor.
Depois veio World War III, uma grande história, embora Morrison
já se estivesse a repetir um pouco nalguns clichês. A JLA tem de defender a
Terra de uma ameaça alienígena (again), The Ultimate Warbringer! Este conflito
introduz muitas mais personagens, como os New Gods e a Injustice League! É um
arco épico que lançaria as sementes para a Final Crisis.
Posso dizer que Howard Porter tem aqui talvez dos melhores
momentos da sua carreira como desenhador.
A run de Grant Morrison na JLA aproximava-se do fim. Ainda
houve tempo para um bom one-shot Earth 2, e para um JLA: Classified. Não gostei
deste arco, é muito esquisito!
Grant Morrison e Howard Porter deixam a JLA na revista #41,
sendo substituídos por Mark Waid e Joe Kelly.
Destes ainda acompanhei a Torre de Babel, mas fiquei-me por
aí!
Penso que a run de Grant Morrison e Howard Porter foi a
melhor de sempre deste super-grupo!
A partir daqui nunca mais teve o brilho e a identidade
devido aos múltiplos megas crossovers e mudanças rotativas de autores. Ele foi
Infinite Crisis, 52, Countdown to Final Crisis, Final Crisis… enfim, não há
nada que resista a isto!
Recentemente a Justice League sofreu um reboot, assim como
grande parte do Universo DC, mas não tive ainda contacto com esta nova série.
Texto: Nuno Amado.
Texto: Nuno Amado.
Primeiro que tudo, Parabéns :)
ResponderEliminarO Grant Morrison, é para mim um dos melhores argumentistas de sempre.
Mas o que vou vendo é que se fica demasiado tempo num título, tem tendência para se perder e começar a "disparar" em todas as direcções, tal como no Strenght in numbers.
Sim, também acho Morison um dos maiores argumentistas de sempre. Ao menos não está a fazer o que fez em Strenght in Numbers com as novas histórias do Super.
Eliminarrodabicicleta
ResponderEliminarObrigado pela exposição do meu texto.
Só faltaram imagens!
:(
Abraço