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quinta-feira, 25 de junho de 2015

As Minhas Leituras - Batman: Asilo Arkham

Uma das melhores coisas nas histórias de super-heróis é o facto de ser um género extremamente multifacetado. Podemos ter as típicas histórias de herói contra vilão como encontramos muito frequentemente; histórias mais negras, apelando ao lado humano do heróis; ou histórias que estão mais relacionadas com géneros como ficção científica, fantasia ou terror.

A história de hoje insere-se neste grupo, Batman: Asilo Arkham. Quando há uma fuga dentro do mítico asilo começada por Joker, Batman, a pedido deste vilão, tem de entrar sozinho lá e confrontar muitos dos vilões que prendeu ao longo dos anos. Mas quando se encontra no Asilo descobre os segredos da criação deste local, quase um século antes e começa a perceber as semelhanças entre si e o criador de todo o Asilo. É menos uma história e mais uma experiência visual com a mente de Batman como protagonista.

As personagens nesta história não são muitas: Batman é muito explorado mas nunca é revelado algo que não saibamos; Joker apresenta-se um louco verdadeiramente aterrador e muito mais macabro do que era normal em 1997 e o criador do Asilo Arkham é verdadeiramente explorado, mostrando porque é que é como é. Os outros vilões não têm grandes semelhanças à exceção de Duas-Caras cuja terapia parece estar a acabar com a sua dualidade.
As personagens são meros objetos nesta história: nenhuma delas é muito profunda e são as relações com as histórias de Alice do escritor Lewis Carroll que fazem deste elenco algo significativo para todo o enredo.


Capa do volume norte-americano, numa das edições mais recentes

Os criadores são dois grandes nomes dos comics: Grant Morrison, um dos maiores nomes dos comics de super-heróis que trabalhou em séries como JLA, Batman, The Invisibles, Action Comics, Animal Man ou All-Star Superman. Sinceramente nunca fui um grande fã do seu trabalho mas também tinhha lido muito pouco. Come este volume comecei a apreciar o seu estilo e estou tentado a ler The Invisibles no futuro.
O desenhador que tem uma arte que é praticamente toda a base deste livro, uma arte que se relaciona mais com a concept art de filmes ou de jogos mas que é muito bem aplicada. As suas pranchas condizem com toda a loucura que acontece dentro do Asilo Arkham e não imagino uma história destas sem estes desenhos.

Pessoalmente gostei bastante desta história. O seu argumento está cheio de referências aos livros de Lewis Carroll. Temos semelhanças entre as personagens, perseguições a pessoas aparentemente doidas, castelos de cartas e toda um sentimento de conto de fadas distorcido que faz deste um dos melhores livros de banda desenhada já publicados até hoje.

Aconselho-vos assim, a ler esta tão maravilhosa história, este conto macabro. Para quem é fã de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho tem aqui uma das melhores "adaptações". Altamente recomendado para fãs de thrillers, viagens à psique das personagens e histórias para ler de uma só vez, à noite, apenas como uma lanterna.
Fenomenal... assustador, mas fenomenal.

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